O ambiente urbano propicia uma série de condições para a sua ocupação por animais considerados pragas. Estas aproveitam a oferta de abrigo e alimento, assim como a baixa taxa de controle natural, para crescerem e trazerem uma série de riscos, prejuízos e desconfortos às populações humanas. Entre os riscos está a transmissão de doenças, pois atuam tanto como vetores mecânicos, os quais apenas transportam o agente causador da doença (ex: formigas e baratas), como vetores biológicos, que são aqueles onde parte do ciclo do agente patogênico ocorre (ex: dengue no mosquito Aedes aegypti).
Se formos buscar na história da humanidade, encontraremos inúmeros exemplos de pragas urbanas que foram responsáveis por altos índices de mortalidade. A Peste Bubônica, transmitida por pulgas que se contaminavam com a bactéria Yersinia pestis alojada em ratos (Rattus rattus), assolou a Europa no século XIV e dizimou cerca de 75 milhões de pessoas. Este número equivalia a cerca de 1/3 da população européia da época. Mesmo hoje, encontramos vários surtos epidêmicos de doenças ligados à presença indesejável de pragas urbanas, como a leptospirose e a dengue, por exemplo.
Os prejuízos financeiros provocados por estes animais também podem ser expressivos. Quer um exemplo? É só imaginar o poder de um cupinzeiro em nossas residências ou de formigas que atacam eletrodomésticos em busca de abrigo......ou quem sabe pensar no estrago que um simples ratinho pode fazer numa cozinha de restaurante.
Obviamente conviver com estas espécies conhecidas como sinantrópicas (aquelas que vivem próximas às habitações humanas) não é nem um pouco agradável.